Olá

Vou falar um pouco sobre o tema, algumas razões de se ser vegetariano
:side:Porquê o vegetarianismo?
O veganismo e o vegetarianismo têm como objectivo reduzir o impacto negativo que as nossas acções têm sobre o bem-estar animal, o ambiente e nós mesmos, alterando o que está ao alcance de cada um - a alimentação.
Uma vez que o sistema de produção intensiva de animais provoca dor e angústia nos animais criados, desrespeita o ambiente e aumenta os problemas de saúde em quem os consome, devemos evitar estes produtos e começar a conhecer e explorar outros recursos económica e eticamente mais sustentáveis.
-»Pelos animais
Os animais de criação intensiva são tratados como máquinas. Deles é retirada a maioria da carne que é consumida nos países desenvolvidos.
Nos primeiros dias de vida, por exemplo, os bicos das galinhas são cortados com uma lâmina quente e as bois e os porcos são castrados a sangue frio.
Estes animais passam as suas vidas sem condições para se moverem livremente, devido ao minúsculo tamanho das suas celas, sem se conseguirem virar sobre si mesmos, levantar uma asa e muito menos estabelecer laços sociais e familiares com outros animais da mesma espácie.
Muitos só respiram ar fresco e vêem a luz do Sol quando são transportados no camião que os leva para o matadouro, sempre sem comida, água ou qualquer cuidado sanitário, chegando muitas vezes ao destino feridos, doentes ou mortos.
Já no matadouro os animais são frequentemente anestesiados de uma forma incorrecta ou nem sequer o são. Depois a sua garganta é-lhes cortada automatica ou manualmente com uma faca quando os animais ainda estão frequentemente conscientes, dando uns últimos momentos de vida cheios de agonia e sofrimento injustificado.
-»Pelo ambiente
Para além de serem necessárias enormes quantidades de água e terreno para alimentar os animais em regime de criação intensiva, os excrementos criados levam à poluição da terra, água, e ar.
Esta intensificação provoca a degradação do ecossistema global através da desflorestação, desertificação, poluição dos oceanos, destruição de matas, erosão do solo e mudanças climáticas.
Em Portugal as suiniculturas, com uma criação nacional anual superior a 2 milhões de porcos, são o principal problema de poluição fluvial (Quercus).
Por outro lado e em relação aos recursos desperdiçados, a produção de carne é pouco eficiente comparada com a produção de vegetais. Em média, para cada refeição de carne produzida são usados os recursos que poderiam servir para produzir 10 refeições baseadas em vegetais.
Numa altura em que a fome no mundo e a aumento da rentabilidade dos recursos terrestres se tornam assuntos cada vez mais importantes, a alimentação vegetariana surje como uma forte ferramenta que contribui para a melhoria da situção actual.
-»Pela sua saúde
Na comunidade portuguesa a carne está associada a uma imagem de abundância e vitalidade, existindo a ideia de que só através dela se pode obter a energia, as proteínas e o ferro necessários ao organismo. Mas esta é uma ideia incorrecta.
Inúmeros estudos científicos já comprovaram que os ocidentais seguem uma dieta onde existe excesso de proteína, açúcar, gordura saturada, colesterol, pesticidas e com poucas fibras.
Sabe-se também que os povos que consomem produtos animais são mais suscetíveis ao cancro da mama, próstata e cólon, ataques cardíacos, obesidade, osteoporose, artrite, diabetes, asma, pedra nos rins e impotência e que quanto mais restricta é a alimentação vegetariana (desde a simples redução do consumo de carne, passando pela alimentação ovo-lacto vegetariana até à alimentação estrictamente vegetariana - \"vegana\") menor é o risco de se ter estes problemas.
Para além disto, a carne contém acumulações de pesticidas e outros produtos químicos até 14 vezes mais concentrados do que em alimentos vegetais.
Um pormenorizado relatório sobre dieta vegetariana produzido recentemente pela Associação Dietética Americana e pelo grupo Nutricionistas do Canadá revela que não existem problemas de saúde associados a uma alimentação vegetariana equilibrada e que, pelo contrário, este regime alimentar reduz o risco de várias doenças.
:side:DIFERENÇAS:
Vegetarianismo - Regime alimentar onde é evitado o consumo de animais mortos - vacas, porcos, frangos e qualquer tipo de peixe, por exemplo.
Veganismo, também chamado vegetarianismo puro ou estrito - Regime alimentar onde é evitado o consumo de qualquer produto de origem animal - leite de vaca e ovos para além da carne e peixe, por exemplo.
:side:ALGUMAS PERGUNTAS FREQUENTES:
Os animais são criados para os comermos!
-»O facto de um animal ser criado com um certo objectivo não altera a sua capacidade biológica de sentir sofrimento e de desejar não morrer. Este sentimento é igual nos humanos e faz com que qualquer pessoa não tenha o direito de explorar e matar outros humanos. Logo, o conceito de criar e matar animais para consumo humano é eticamente reprovável.
E as plantas… não sofrem?
-»Não, as plantas não sofrem nem possuem a capacidade de criar expectativas, nem de desejar não morrer. Elas não possuem qualquer centro de organização de informação (o cérebro) como os animais.
Ass plantas são capazes de responder a certos estímulos exteriores, que podem levar a alterações no seu desenvolvimento ou crescimento e possuem também um sistema hormonal complexo mas, até hoje, nunca foi encontrada qualquer prova cientificamente válida de que elas sofram.
Será que elas sentem e ninguém ainda o descobriu? É improvável mas talvez possível. Pelo menos, por enquanto, devemos pensar naquilo que já sabemos, e o que se sabe é que os animais que comemos sentem e sofrem como os humanos.
Se os animais comem outros animais, porque é que eu não hei-de comer? É a lei da Natureza.
-»Ao contrário dos outros animais, os humanos, por serem animais racionais, conseguem criar novas alternativas e são capazes de escolher uma mudança de hábitos. Para isso basta-lhe ter uma boa razão para a mudança de hábitos, e a ética e o respeito pelos outros seres que habitam connosco este planeta é uma óptima razão.
Um leão não consegue raciocinar sobre ética ou criar novas alternativas e por isso nunca chega a pôr a hipótese de poder alterar os seus hábitos.
Os humanos são omnívoros e por isso têm de comer carne.
-»Os humanos de facto são omnívoros mas isso não nos obriga necessariamente a comer carne. Permite-nos, sim, escolher entre uma alimentação baseada em carne e peixe ou uma baseada maioritária ou exclusivamente em vegetais.
Apenas para que compreenda que não somos “fisiologicamente obrigados” a comer carne, note nas diferenças que nos levam a ser mais aptos para uma alimentação vegetariana do que para uma baseada em carne: os animais carnívoros possuem garras, dentes caninos longos e ausência de molares posteriores, acidez do suco estomacal muito elevado e digestão rápida dos alimentos; por outro lado, os humanos e herbívoros não possuem garras, os seus caninos são minúsculos (nos humanos, estando melhor preparados para trincar fruta do que para rasgar a carne de um animal) ou inexistentes (herbívoros), possuem molares posteriores, o ácido do estômago é 20 vezes menos concentrado do que nos carnívoros e a digestão dos alimentos é relativamente lenta.
O que me preocupa é a fome/guerra/desemprego/trabalho infantil/abandono de animais de companhia/touradas/etc.... O vegetarianismo é pouco importante.
-»Estas questões são de facto muito importantes e cada pessoa deve fazer o máximo para que mudem. A grande diferença é que enquanto uma pessoa tem pouco ou nenhum poder para alterar a forma como certas coisas são feitas por outras pessoas, qualquer um de nós tem o poder de alterar o que está mais ao seu alcance – a sua alimentação.
O vegetarianismo não impede nem se sobrepõe a outras causas justas que defenda.
Não é pelo facto de eu me tornar vegetariano/a que vá fazer alguma diferença.
-»O poder dos consumidores é um dos maiores que existe. Ao se recusar em comprar produtos de origem animal, leva a uma redução dos lucros de uma indústria que os obtem através da exploração e morte animal. Ao consumir produtos vegetarianos permite que estes estejam mais acessíveis para futuras gerações. Foi com a empenho inicial de apenas alguns vegetarianos que se conseguiu hoje criar uma enorme rede de lojas e restaurantes vegetarianos, ao passo que o consumo de carne tem vindo a diminuir nos países desenvolvidos..
Comer carne não é contra natura.
-»Sim, mas também não é isso que tentamos dizer. O que dizemos é que se existe uma alternativa vegetariana à ingestão de carne que é mais saudável, saborosa, ecologicamente mais responsável e que, principalmente, rejeita a exploração dos animais, então cada um de nós deve reflectir sobre as vantagens que esta alimentação tem e se a consegue implementar no seu dia-a-dia. Se conseguir fazê-lo estará a fazer bem a si, ao planeta e aos animais.
impossível sermos todos vegetarianos. Os esquimós, por exemplo, têm obrigatoriamente de se alimentar de animais.
-»O vegetarianismo parte do princípio de que se deve evitar, sempre que possível, a ingestão de animais. Se não for possível, tal como para os esquimós que não têm nenhuma outra fonte de nutrientes que não seja animal, então cada um, dentro das suas possibilidades, deve fazer o máximo para evitar o sofrimento animal. No entanto, cabe a cada um de nós a tarefa de criar as condições para que exista uma alternativa.
Uma alimentação vegetariana, como exclui a carne, tem menos diversidade do que uma alimentação com carne.
-»Pelo contrário. A alimentação vegetariana recorre a uma variedade de alimentos que não chegam a ser utilizados numa alimentação não-vegetariana. Se experimentar o vegetarianismo, vai reparar que existe uma variedade surpreendente de alimentos, que não conhecia ou não usava, e que podem ser cozinhados de mil e uma maneiras saborosas.
Se eu não comer carne não vou ingerir proteínas/ferro/calorias suficientes e posso ficar doente.
-»Se continuar a comer carne também pode ficar doente. Desde que faça uma alimentação equilibrada e diversificada não deverá ter problemas de carência de qualquer nutriente, pelo contrário, observará que a sua saúde melhora ou, no mínimo, mantém-se. Se continua com receio visite um nutricionista e diga-lhe que está a pensar tornar-se vegetariano/a. Assim não correrá nenhum risco.
FONTE: LIGA PORTUGUEASA DOS DIREITOS DOS ANIMAIS(site oficial) --»
www.lpda.pt/index2.htm

<br /><br />Editado por: denny, em: 16/03/2007 17:33