Outros cetáceos

As super-familias Ziphioidea e Physeteroidea, e a subordem Mysticeti, são consideradas Baleias . As restantes famílias da lista são Golfinhos e Toninhas.

 

A ORDEM CETACEA:

A ordem Cetácea compreende três subordens: Archaeoceti, mysticeti (baleias) e Odontoceti (golfinhos).
A primeira inclui apenas espécies que já se extinguiram e que viveram durante o Eocénio, Oligocénio e Miocénio. As outras duas distinguem-se uma da outra primariamente pelo espiráculo, dentição e estrutura dos crânios.
Todas as espécies de cetáceos possuem dentes durante o período fetal, pelo menos nas gengivas. A diferença entre os odontocetes e os misticetes neste aspecto, reside no facto de estes dentes nunca emergirem das gengivas no caso dos misticetes, sendo substituídos por uma série de lâminas córneas de origem dérmica, denominados barbas, que os animais usam como colectores de alimento. Os odontocetes por seu lado, não possuem barbas e retêm os dentes após o nascimento. Em algumas espécies, esses dentes não chegam a emergir das gengivas durante toda a vida. Embora existam fósseis de odontocetes com dentes polifórmicos, os actuais possuem dentes uniformes e, ao contrário dos outros mamíferos, não possuem dentição de leite.
Durante o desenvolvimento embriológico, também todos os cetáceos possuem pêlos. No entanto, enquanto nos misticetes estes permanecem durante a vida como órgãos sensoriais, nos odontocetes desaparecem logo após o nascimento.
Outra característica que separa as duas subordens actuais é o esterno, bem desenvolvido nos odontocetes e pequeno, ligando-se apenas a um ou dois pares de costelas, nos misticetes.
Mais abaixo encontramos um resumo com as principais diferenças entre as duas subordens.

 

SUB-ORDEM MYSTICETI:

-Espiráculo bipartido
-Dentes ausentes após o nascimento
-Existência de barbas
-Esterno comparativamente pequeno e estrutura esquelética do tórax mais simples.

SUB-ORDEM ODONTOCETI:

-Espiráculo singular
-Dentes sempre presentes
-Barbas ausentes
-Esterno comparativamente grande e estrutura esquelética do tórax completa.

 

FAMÍLIAS DAS BALEIAS:

FAMÍLIA PHYSETERIDAE:

-Cachalote

FAMÍLIA KOGIIDAE:

-Cachalotes anõe
-Cachalote pigmeu

FAMÍLIA MONODONTIDAE:

-Beluga
-Narval

FAMÍLIA ZIPHIDAE:

-Baleias de bico

 

GOLFINHOS-DE-ÁGUA-DOCE:

Os Golfinhos-de-Água-Doce não pertencem à família dos golfinhos, fazem parte de famílias mais primitivas aos golfinhos oceânico. Vivem em alguns dos maiores e mais lamacentos rios da Ásia e da América do Sul. Partilham muitas características comuns e, em geral, têm hábitos semelhantes, mas poderão não ter grandes parentescos. É bastante provável terem-se simplesmente adaptado de maneira semelhante ao meio ambiente, através de uma evolução convergente. Apesar do nome, não são todos exclusivamente fluviais, nem são os únicos cetáceos que vivem em rios; tucuxis, botos-do-Índico e outros vivem regularmente em águas doces. Entre as muitas ameaças à sua sobrevivência incluem-se a poluição, a caça, a pesca e a construção de barragens.

Os Golfinhos-de-Água-Doce possuem bicos longos e estreitos que, com a idade, se tornam proporcionalmente mais longos. O Golfinho-Beiji (ao lado) tem um bico característico virado para cima.

As características mais notáveis da maioria dos golfinhos-de-água-doce são os olhos pequeninos e o facto de serem quase cegos. Uma boa visão é virtualmente inútil em rios turvos onde a visibilidade é muito má. Em compensação, possuem um sistema de ecolocação extremamente desenvolvido que lhes permite traçar um "quadro sonoro" do que os rodeia.

É fácil distinguir os Golfinhos-de-Água-Doce devido ao seu isolamento geográfico. Há pouco espaço para confusão com os Golfinhos-Oceânicos que penetram nos sistemas fluviais, pois os dois grupos diferem nitidamente tanto na aparência como no comportamento. Os golfinhos-de-água-doce são animais pequenos - raramente mais de 2,5m de comprimento, - nadadores bastante lentos e menos propensos a dar saltos do que os Golfinhos-Oceânicos.

Os Golfinhos-de-Água-Doce têm um espiráculo no alto da cabeça; pode ser arredondado, como o do Golfinho-Beiji (ao lado), em forma de crescente (Golfinho-Franciscana e Golfinho-Bouto), ou fendido (Golfinho do Ganges e do Indo). É mais fácil encontrar alguns pelo som (o sopro parece um espirro), do que com a vista.

A cor dos golfinhos-de-água-doce varia consideravelmente de um indivíduo para o outro. A coloração muda muitas vezes com a idade.

FAMÍLIA PONTOPORIIDAE:

   Golfinho-Franciscana

FAMÍLIA LIPOTIDAE:

   Golfinho-Beiji

FAMÍLIA INIIDAE:

   Golfinho-Bouto

FAMÍLIA PLATANISTIDAE:

   Golfinho do Indo

   Golfinho do Ganges

 

BOTOS:

FAMÍLIA PHOCOENIDAE:

GÉNERO PHOCOENA:

  Boto Comum

 

   Boto do Pacífico

   Boto de Lunetas

   Boto de Burmeister

GÉNERO NEOPHOCOENA:

   Boto do Índico

GÉNERO PHOCOENOIDES:

   Marsopa de Porto Dall

 

* Clique nas imagens para ver pormenores